Depois do evento, meu amigo e sócio Dilson Redinger, proprietário da Oficina do Izak em Niterói, foi incumbido da desafiadora missão de levar o Fusca para a nossa oficina em Teresópolis. Foi uma aventura e tanto! O carro quase não chegou: sem freios, muito rebaixado, problemas na caixa, enfim, um veículo que, de certa forma, fazia jus ao prêmio oferecido. Durante o evento, até recebi uma oferta pelo Fusca. Olhando para trás, penso: devia ter aceitado! 😅
No dia seguinte, além de lidar com o carro na oficina, precisei resolver os documentos do veículo. Avisei no trabalho que não poderia comparecer devido a esse imprevisto, e decidi ficar em Teresópolis com minha família. E foi aí que surgiu o primeiro problema da aventura.
Os hotéis próximos à feirinha de Teresópolis, infelizmente, se recusaram a nos hospedar. A alegação era de que nosso filho, com quase um ano na época, poderia chorar à noite e incomodar os outros hóspedes. Foi uma situação desconfortável, e lembro até hoje de uma senhora já de idade avançada nos negando hospedagem.
Chegamos a considerar pernoitar na oficina, dentro do meu Opala – pelo menos seria aquecido, e naquela noite a temperatura estava abaixo dos 9 graus! Por sorte, nosso sócio, que morava em Teresópolis, conseguiu um hotel do outro lado da cidade. Foi um alívio, e ficamos muito bem instalados.
No dia seguinte, com a cabeça mais tranquila, resolvemos a documentação do Fusca. O carro foi transferido para o nome da minha esposa, Érica, e ficou na oficina para uma geral. Enquanto isso, retornamos para casa no meu outro clássico, um querido Fusquinha 60.
Apesar de tudo o que aconteceu, aquele evento foi realmente muito especial. Ficaram na memória o sorteio, o sonho da oficina que, infelizmente, não deu certo, e a alegria dos verdadeiros amigos que estavam ao nosso lado.
Teresópolis é uma cidade maravilhosa, com paisagens de tirar o fôlego. Aliás, toda a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro é incrível. Sou suspeito para falar, pois minha família chegou como imigrante em Nova Friburgo, e tenho uma ligação muito forte com essa região. Sou apaixonado por suas montanhas, sua cultura e o acolhimento de sua gente.
A história do Fusca não termina aqui! Ainda há muito para contar, e essa saga continua em outro artigo. Espero que você tenha gostado dessa parte da jornada. Se sim, compartilhe com seus amigos e nos siga nas nossas redes sociais para acompanhar mais histórias e curiosidades sobre carros clássicos e a vida na estrada.